terça-feira, 18 de dezembro de 2012

#KeithRichards69

Hoje é aniversário de uma das maiores lendas do rock, o Jack Sparrow da música. Controverso, carismático e compositor notável de músicas inesquecíveis dos Rolling Stones, Keith Richards chega à sugestiva idade de 69 anos.

O dono do riff mais marcante dos Stones, em Satisfaction, Keith colecionou problemas com drogas e com a polícia durante sua vida. Foram várias prisões por porte de maconha, heroína e cocaína. Reza a lenda que, para se livrar do vício que o acompanhou durante boa parte da vida, precisou "trocar" todo o seu sangue em uma clínica de reabilitação.

Loucuras a parte, fica o seu legado para a história da arte como o guitar man da maior banda de rock n' roll da história.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Metallica - a banda que não para

Se existe uma banda que promete muitas novidades para os próximos meses, essa banda se chama Metallica. Com vários projetos em andamento, Hetfield e companhia não deixarão fã nenhum passando vontade.

Essa tem sido uma constante, já que desde o lançamento do último álbum de inéditas - Death Magnetic (2008) - foram quatro novas produções, entre lançamentos DVD's de shows ao vivo e um CD com Lou Reed. Isso sem contar os mais de 220 shows.

Em estúdio para a gravação do próximo disco, eles tiraram do forno, no último dia 11 de dezembro, o DVD/Blue-Ray duplo "Quebec Magnetic", gravado em 2009, no Canadá. E o lançamento promete não decepcionar nenhuma geração de viciados em Metallica, já que a extensa tracklist foi escolhida pelos próprios fãs e engloba toda a carreira dos roqueiros.

Confira o video oficial de "The Four Horsemen":




Além do próximo CD de estúdio, mais uma novidade pintará em 2013. O grupo prepara também um filme em 3D com direção do húngaro Nimrod Antal, de Predadores (2010) e Kontroll (2003). O video conta com três supershows realizados em Vancouver, carregados de efeitos especiais e pirotecnia. O terceiro deles com ingressos a U$5.

Apesar de alguns problemas com os fogos no palco e um incidente envolvendo uma das câmeras 3d, ninguém se feriu, e todos aguardam ansiosos por mais esse presente do grupo.

Os fãs brasileiros poderão conferir todos esses novos trabalhos in loco e ao vivo no próximo ano, já que o Metallica é uma das bandas já confirmadas no Rock in Rio V, que acontece em setembro próximo.

Lançamentos do Metallica no período Death Magnetic:


1 - Français Pour Une Nuit (2009) - DVD/Blue-Ray
2 - Orgullo, Pasión y Gloria: Tres Noches en la Ciudad de México (2009) - CD/DVD/Blue-Ray
3 - The Big 4 Live from Sofia, Bulgaria (2010) - CD;DVD/Blue-Ray
4 - Lulu (com Lou Reed) (2011) - CD
5 - Quebec Magnetic (2012) - DVD/Blue-Ray



Metallica - Uma breve análise

Às vezes diz-se muita coisa sem se pensar realmente se é verdade ou não, deixamo-nos levar por opiniões anteriores e nem sequer reflectimos sobre isso. Ponto prévio, a minha análise tem o enfoque no mainstream rock. A discografia dos Metallica é um claro exemplo disso, os Metallica foram por muitos acusados de se terem vendido, de terem deixado de ser verdadeiros e só fazerem música “comercial”, de terem abandonado as suas origens que se encontram no Thrash Metal, bem esta última é mesmo verdade mas as outras afirmações a mim não me soam assim tão lineares e correctas. Ponto de ordem, para mim os álbuns da banda que estão mais de acordo com o que se fazia na sua respectiva época são o “…& Justice For All” e o “St. Anger” respectivamente o meu preferido e o álbum deles que eu mais abomino. Deixo aqui uma pequena retrospectiva sobre a discografia oficial de originais de Metallica e a sua respectiva contextualização histórico/musical: O primeiro álbum de Metallica lançado é 1983 é “Kill ‘Em All”, é marcado pela juventude da banda, pela sua vontade de conquistar o seu lugar na história da música. O som é furioso, veloz, puro Thrash Metal da Bay Area, com o peso do Heavy Metal influenciado por nomes da NWOBHM e nota-se também, claramente a influência da fúria do Punk. Na época do lançamento deste álbum a cena musical do Hard Rock/Heavy Metal estava ainda a dar os primeiros passos nos anos 80, em especial nos Estados Unidos da América, uma vez que na Europa já havia o sucesso de nomes como Iron Maiden e Judas Priest. Quando em 1984 é lançado o segundo álbum de Metallica “Ride The Lightning” nota-se uma enorme diferença musical, o álbum continua a ser Thrash, mas o som já é mais polido e técnico. Já se encontra nele melodias menos intensas, como “Fade To Black” mas músicas como “Creeping Death” ou a própria “Ride The Lightning” mostram que a banda ainda tem muita fúria e peso para oferecer aos seus fãs. A aceitação do Heavy Metal/Hard Rock nesta época é crescente, juntando-se ao sucesso de Judas Priest e Iron Maiden nomes como Twisted Sister, Scorpions, Motley Crue, Quiet Riot e Ratt, o Heavy Metal/Hard Rock dispara nos Estados Unidos da América. O terceiro álbum de Metallica é “Master Of Puppets” um álbum pesado mas com muita melodia, a banda demonstra neste álbum claramente que vai perdendo peso com o tempo e ganhando classe, técnica e fãs. Este álbum foi lançado em 1986 e contém pedradas como “Battery” e “Master Of Puppets”. Foi com este álbum que os Metallica tocaram pela primeira vez no mainstream. Na época do seu lançamento bandas como Bon Jovi ou Europe estavam a levar pela primeira vez o Hard Rock (também chamado de Heavy Metal/Hair Metal/Glam Metal nos Estados Unidos da América) a uma exposição brutal ao nível das rádios e da MTV. O quarto álbum de Metallica “…& Justice For All” é lançado em 1988, é o último sopro de Thrash na discografia de Metallica, foi lançado no período de maior boom do Hard Rock/Heavy Metal e, é exactamente por isso que eu digo que este é um dos álbuns mais de acordo com o que era mainstream na época, mais comercial. Nesta época ao sucesso de bandas anteriores juntam-se nomes como Guns N’ Roses, Queensryche, Fates Warning, é também importante notar que o som dos Iron Maiden também se alterou e ganhou alguns toques progressivos que influenciaram o álbum dos Metallica. “…& Justice For All” é uma inflexão no percurso da banda, é mais intenso que Master Of Puppets mas o que ganhou em intensidade e qualidade de arranjos, perdeu em peso e nisso manteve a trajectória da banda na "suavização" do som, este é o álbum mais técnico, com arranjos mais complexos que a banda algum dia fez mas apesar disso foi lançado numa época em que esses aspectos eram valorizados e por isso eu acho que o álbum está de acordo com a sua época de lançamento. Ao quinto álbum, “Metallica” ou “Black Album”, lançado em 1991 surge a polémica, os fãs mais true, mais Thrash abominam a trajectória que a banda toma, ao abandonar totalmente o Thrash, o mainstream delira e Metallica ganha 20 fãs por cada 1 que perde. Metallica atinge o topo do seu sucesso. Mas será que este álbum foi realmente uma concessão ao mainstream e uma tentativa se ser comercial? Ou será que foi o trabalho que a banda queria fazer e mesmo assim conseguiu um sucesso brutal? Em primeiro lugar a banda deixou de vez o Thrash e abraçou o Heavy Metal mais tradicional, porque não dizer, mais radiofónico, mas existe aqui um dado que muitas vezes é esquecido, em 1991 quando o álbum é lançado o Heavy Metal/Hard Rock estava em declínio, de todas as bandas que tinham feito sucesso anteriormente sobravam os Guns N’ Roses e os Metallica, o grunge tinha tomado as rádios de assalto e eram as bandas deste estilo que começavam a ser mainstream nesta época. Será ser comercial uma banda lançar um álbum numa fase em que o estilo do álbum está em declínio? Em “Metallica” é óbvio que a banda suavizou o som, mas acredito mais que tenha sido vontade própria e não qualquer tentativa de vender. Este álbum possui lindas baladas como “Nothing Else Matters” ou “The Unforgiven” mas também possui pedradas Heavy Metal como “Of Wolf & Man” e “Sad But True”. Foi este álbum que consagrou definitivamente os Metallica no mainstream musical e que os levou aos estádios de todo o mundo como banda principal. Depois de uma longa pausa, em 1996/1997 são lançados 2 álbuns que eram para ser apenas 1. Por isso a análise que faço deles é em conjunto. “Load” e “Reload” são abominados pela maioria dos fãs da banda, apesar de serem Heavy Metal, são os álbuns mais leves da carreira da banda, apresentam influências Country, Pop e muito mais vincadamente de Hard Rock, Na época que foi lançado o mainstream do Rock estava a ser dominado pelas bandas grunge e por uma onda britpop com o seu Pop/Rock meloso que se destacava, em especial na Europa. É claro que o som dos Metallica se suavizou, é claro que o visual deles também se transformou mas tudo isto é motivo para tantas críticas? Não terão os álbuns boas músicas? Boas melodias? Bons riffs? Álbuns com músicas como “Devils Dance”, “The Memory Remains”, “Fuel”, “Until It Sleeps”, “Outlaw Torn”, “King Nothing”, “Unforgiven II” e até mesmo “Hero Of THe Day” não podem ser considerados assim tão maus, estas músicas têm muita qualidade. Apesar das críticas de comercialismo, para mim este é o álbum que está mais fora do maintream Rock da sua época. Nova longa paragem e no novo século sai um novo álbum em 2003, “St. Anger”, este álbum volta à “violência” sonora de “Kill Em All” mas perde totalmente a sua aposta ao retirar a técnica das faixas, ao retirar os solos, ao apostar num som totalmente básico e sem chama, só peso e poucos arranjos. Este álbum é também um dos que eu acho mais próximo do mainstream Rock da sua época, quando foi lançado eram nomes como Slipknot, Limp Biskit, Korn que eram os preferidos do Rock, o seu som básico e agressivo influenciou os Metallica que apesar de não terem a vertente “Rap” nos vocais tal como as outras bandas, a nível instrumental foram influenciados. Os elementos deste álbum são também indissociáveis aos problemas internos pelos quais a banda passou, pela terapia para que os elementos da banda se conseguissem entender. Em 2008 os Metallica lançam “Death Megnetic”, um bom álbum que conseguiu fazer sucesso, para alguns foi um regresso às origens mas acredito que não, este álbum apesar de algumas faixas mais pesadas como “All Nightmare Long” apresenta-nos o som que consagrou os Metallica no seu “Black Album”, não deixando de nos trazer uma bela balada “Unforgiven III”, a última da trilogia “Unforgiven. É impossível a uma banda grande, seja ela qual for, manter a qualidade em todos os álbuns, por um lado os elementos das bandas mudam, envelhecem, amadurecem, ganham novas experiências e novas influências e por outro lado os fãs dificilmente conseguem perceber que nem sempre a alteração do som de uma banda é uma concessão a quem quer que seja, mas apenas e só a vontade de fazer um trabalho diferente.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Malditos Yankees

Tudo que é bom dura pouco. O ditado pode ser aplicado ao grupo de hard rock americano Damn Yankees. Apesar dos sete anos na ativa, foram apenas dois álbuns de estúdio, mas quatro singles figuraram no Top 3 das paradas americanas entre 1991 e 1993. Tá bom ou quer mais?

Tommy Shaw e Ted Nugent abusavam de riffs pesados, enquanto Jack Blades ficava por conta dos vocais agudos, típicos do Hard Rock e do Glam da época, e o atual batera do Lynyrd Skynyrd, Michael Cartellone, era o dono das baquetas. apesar do pouco tempo, os Yankees montaram uma base sólida de fãs, especialmente nos EUA, onde o grupo marcou o início da década de 1990. 

Coming Of Age foi um dos maiores sucessos da banda. Confira o clipe!


Como toda banda farofa que se preze, Damn Yankees também teve seu momento 'mela-cueca' com baladas dignas de nota: Where You Going Now e High Enough, por exemplo. (Nota: o blog havia publicado que eram apenas duas baladas, quando na verdade são quatro. Informação errada corrigida pelo amigo Gabriel Sousa).





sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Metal para crianças?

Os suecos do A.C.T - sigla que tem o significado guardado a sete chaves pelos próprios integrantes da banda - têm uma maneira peculiar de desenvolver seu som. O metal progressivo dos nórdicos não soa comum e nem trivial aos ouvidos de quem escuta a banda pela primeira vez.

Brincando com seu próprio som de modo quase lúdico, a banda conquistou respeito de fãs ao redor de todo mundo com letras ora irreverentes, ora 'cabeças'.

Ola Anderson (guitarra) Tomas Erlandsson (bateria), Peter Asp (baixo), Jerry Salin (teclado) e Herman Saming (vocal) tiveram seu trabalho destacado em um festival de bandas em Malmo e chamaram atenção de Yngwiee Malmsteen.

Em um raro surto de bom senso do excêntrico guitarrista americano, o A.C.T ganhou um padrinho forte. Apesar disso, o talento dos suecos sempre falou mais alto e isso é bem evidente em seus discos de estúdio.

Desde 1996, quando se consolidou, já foram quatro álbuns: Today´s Report (1999), Imaginary Friends (2001), o excelente Last Epic (2003) e Silence (2006).

Confira um pouco do som dos caras do A.C.T abaixo:



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Novo clipe de Jon Bon Jovi


Jon Bon Jovi lançou o clipe da música "Not Running Anymore", trilha sonora do filme "Amigos Inseparáveis" (Stand Up Guys), estrelado por Al Pacino. O roqueiro ainda assina mais uma música inédita da trilha sonora: Old Habits Die Hard. Além de Jon, outro destaque é Muddy Waters, com a clássica Hoochie Coochie Man. A comédia chega aos cinemas em primeiro de fevereiro do próximo ano.

Confira aqui o clipe de Not Running Anymore


Tracklist: Stand Up Guys Original Soundtrack

01. Hard Times – Baby Huey and The Babysitters
02. Old Habits Die Hard – Jon Bon Jovi
03. Bright Lights – Gary Clark Jr
04. Not Running Anymore – Jon Bon Jovi
05. Get Down With It – Wayne Cochran & CC Riders
06. How Long – Charles Bradley featuring Menahan Street Band
07. Fooled Around and Fell In Love – Elvin Bishop
08. Stand Up Guys – Lyle Workman
09. Give It Back – Sharon Jones & the Dap-Kings
10. Hoochie Coochie Man – Muddy Waters
11. When Something Is Wrong With My Baby – Sam and Dave
12. I Was Painting You – Lyle Workman
13. Love From Above – Leroy Reynolds
14. Sock It To ‘Em JB (Pt. 1) – Rex Garvin and The Mighty Cravers
15. Chew Gum Or Kick Ass – Lyle Workman

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Até quando?

O Facebook divulgou na noite de hoje os lugares, assuntos e músicas mais comentados do ano do site de relacionamentos no Brasil.

No campo musical, as dez músicas mais comentadas são de artistas ligados às grandes gravadoras da indústria musical. Adele, uma das campeãs de venda do ano, esteve no ranking em cinco das dez primeiras posições, incluindo a primeira. O único músico nacional presente na lista é Luan Santana, um dos principais nomes da Universal Music no Brasil.

Não venho aqui para criticar os blockbusters e nem a indústria, muito menos fazer um discurso nacinalista. Até para não soar clichê. Jabás a parte, também entendo que a indústria faz a sua parte no processo e ainda oferece alguma coisa que preste.

Mas é triste vermos que, além de estarmos até hoje amarrados à cultura que nos empurram goela abaixo, o número de (bons) artistas oferecidos pelas big four vem caindo vertiginosamente. Uma massificação exacerbada de uma quantidade cada vez menor de músicos.

A princípio, a crise estaria passando longe das grandes gravadoras. Mas com essa restrição de sua cartela de músicos aumentando a cada ano. Até quando eles aguentarão? Como já diriam: uma hora a fonte seca. E aí?

Além de Adele e Luan Santana, estão no ranking das 10 músicas mais comentadas no Facebook a cantora Rihanna, a banda Coldplay, LMFAO e o dj David Guetta.

Confira:


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Nunca teve tão bão! Aerosmith volta arregaçando em Music From Another Dimension

Aerosmith é uma das bandas como o maior poder de se recriar dentro de seu próprio estilo que eu conheço. O novo cd dos caras, Music From Another Dimension, lançado em novembro de 2012, é um dos melhores do ano justamente por ser o Aero de sempre, com algumas pitadas moderninhas e outras nem tanto.

Uma das aventuras musicais do disco é Out Go The Lights. Com uma boa dose de funk, misturado com um riff a la Frank Zappa, Steven Tyler, Joe Perry e cia conseguem surpreender novamente. Ou melhor, surpreendem como sempre!

Após um hiato de mais uma década do lançamento do último álbum com material exclusivamente inédito da banda - desde Just Push and Play, de 2001 -, Music From Another Dimension mata a saudade das composições dos norte-americanos com muito estilo.

Reza a lenda que as primeiras sessões de gravação aconteceram há cerca de 6 anos. Um tempo considerável, mas que se justifica pela cirurgia de Tyler para corrigir um problema nas cordas vocais e também pela separação da banda, em 2010.

Ainda assim, não demorou tanto quanto o Chinese Democracy, do Guns N' Roses, que detém o recorde absoluto de 1500 anos do início das gravações até a finalização. Obviamente, Axl "Atraso" Rose tem muito a aprender com os tiozões e ex-Bad Boys de Boston.


O primeiro single do disco foi Legendary Child.


Os outros singles são Lover Alot, What Could Have Been Love e Street Jesus. 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Metal Ballads

Quem disse que bandas de metal não sabem fazer baladas?

Algumas não deixam nada a desejar para os hard rockers dos anos 80, que usavam e abusavam de músicas 'mela-cueca' para atrair o público feminino para seus shows. Quantas menininhas Dave Coverdale, Steven Tyler, Paul Stanley e Jon Bon Jovi não pegaram tocando suas love songs clássicas?

Normalmente, as bandas de metal sofrem com uma certa resistência de seus fãs quanto a essas baladas, mas elas acabam trazendo um público diferente a curtir o som. Um público menos acostumado com a 'pauleira' de suas canções. No Brasil, o maior ícone do Metal Melódico nacional, Angra, gravou Bleeding Heart. Uma música que não soaria estranha na voz de Sebastian Bach, nos áureos tempos de Skid Row.




Outra banda que, vira e mexe, produz baladas de muita qualidade é a Dream Theater. No cd mais recente dos norte-americanos, A Dramatic Turn of Events, a bela Beneath the Surface é um dos grandes destaques.


Em outra das maiores bandas de metal do planeta, Helloween, um álbum mais "leve", o Chamaleon, provocou a saída do lendário vocalista Michael Kiske, que nesse trabalho levou o grupo alemão para um lado mais hard rock do que o metal melódico. Os fãs não aprovaram a mudança e uma das músicas mais criticadas foi a bela Windmill, sexta faixa do álbum.

Outras baladas indicadas pelo blog são Second Love e Ashes, do Pain of Salvation - que em sua versão original não é propriamente uma balada, mas no acústico "12:5" ganhou um novo arranjo. Além delas, Always Will Be, do Hammerfall.




domingo, 16 de setembro de 2012

Sentado à beira do caminho pra pedir carona...


Uma obra-prima de Belchior. Assim como tantas, é verdade. Quem mora longe de casa e já foi estudante, impossível não se emocionar com a letra. Tudo outra vez fez parte do disco "Era uma vez um homem e seu tempo", de 1979. 

"Essa é uma canção que eu fiz lembrando daqueles, que assim como eu, nasceram em cidades pequenas, cidades do interior do Brasil. E que, por isso mesmo, foram obrigados a deixar o seu lugar rumo a terras desconhecidas, distantes. A maioria dessas pessoas dá o seu braço ao trabalho quase escravo das grandes cidades. E, ao mesmo tempo, oferece o seu amor, o seu humor, a alegria e a sua poesia. Oferecendo ao Brasil muito mais do que o Brasil nos oferece de volta", disse o compositor e cantor a respeito da canção.



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Músicas que não saem da cabeça - parte 1

Quem não ouve a música bacana, que serve de trilha para uma propaganda na TV, e não corre para buscar no Youtube?

Pois bem, algumas me chamaram atenção nesses últimos dias. A primeira é um cover de Peter, Bjorn & John, feita pela indie britânica The Kooks. A música aparece no comercial do carro Chevrolet Spin. Poucos reconhecerão algo além de seu refrão. A canção foi gravada originalmente em 2006 e a versão dos Kooks foi  vinculada a um cd de encarte da revista NME, posteriormente.



A segunda música me surpreendeu quando descobri quem era a cantora. Trilha da propaganda da cerveja belga Stella Artois, Ne Me Laisse Pas L'Aimer é cantada por ninguém menos que a estrela do cinema francês Brigitte Bardot. 



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

66 anos de Freddie Mercury

Farrock Bulsara nasceu há 66 anos na cidade de Zanzibar, na Tanzânia. Pouco depois de se mudar para a Inglaterra, na década de 1960, formou com Brian May, Roger Taylor e John Deacon a banda Queen. Freddie Mercury, como ficou conhecido, se tornou um dos maiores vocalistas e o maior frontman da história da música. Hoje, 5 de setembro, ele faria aniversário. O cantor faleceu em 1991, em decorrência de complicações da AIDS, doença que declarou ter um dia antes de sua morte, em 24 de novembro.

Bohemian Raphsody


Under Pressure





terça-feira, 4 de setembro de 2012

Voltando do luto... em grande estilo!

A irreverência e o rock pesado do AC/DC sofreram um duro golpe no fim da década de 1970 com a morte do vocalista Bon Scott. Com a baixa, pairou a dúvida sobre a continuidade ou não da banda, que cogitou o fim de suas atividades após perder a sua 'alma'. Sem Scott, substituído por Brian Johnson, e com Angus Young assumindo a posição de líder da banda, os australianos lançaram aquele que seria o seu maior sucesso: o álbum Back in Black (1980), que trouxe uma música homônima, em tributo a Bon. A ideia para a canção era que não se tratasse de uma homenagem póstuma que remetesse a qualquer sentimento de tristeza. E foi isso o que aconteceu. Apesar do luto de todos os membros, a música que dá nome ao disco é um hard rock com a cara do AC/DC.

Brian Johnson foi indicado pelo próprio Bon Scott, que o viu cantando em um pub e disse, à época, que, caso alguma coisa acotecesse com ele, Brian era o nome certo para substituí-lo. Angus Young não hesitou em ligar para o indicado convidando-o para assumir o vocal. Logo em seu álbum de debute, alcançou vendas estimadas em 50 milhões de cópias, o que lhe confere o posto de segundo mais vendido da história da indústria musical, atrás apenas de Thriller, de Michael Jackson.

Back in Black, ou "de volta do luto", ainda traz Hell's Bells e You Shook Me All Night Long como grandes destaques. 


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Always on my Mind

Não há ser humano vivo na Terra que não conheça Always on My Mind. Pode até ser pretensão minha afirmar tal coisa, mas duvido que algum de vocês nunca tenha ouvido ou que não saiba, ao menos, cantarolar a canção composta por Johnny Christopher, Mark James (autor de Suspiscious Minds) e Wayne Thompson (autor de canções para Beach Boys, BJ Thomas e Tina Turner, entre outros). Gravada originalmente por Brenda Lee, em 1972, ela foi lançada também pelo maior astro da música da época, o rei Elvis Presley. Curiosamente, ela era o B-Side do single Separate Ways, mas fez mais sucesso que a música composta pelo rei falando do fim do seu casamento com Priscilla Presley e ganhou as paradas.

A consagração absoluta, porém, só veio uma década depois. Em 1982, a regravação na voz marcante de Willie Nelson trouxe três Grammy Awards: melhor canção country, melhor performance vocal masculina e melhor composição (vencida pelo trio Christopher, James e Thompson). Diversos artistas fizeram a sua versão da cançoneta. Entre eles B. B. King, Pet Shop Boys, Michael Bublè e Bon Jovi. Para não deixar ninguém insatisfeito, seguem algumas delas.


Elvis Presley


Brenda Lee (versão original)


Willie Nelson (vencedora de três Grammy)


Jon Bon Jovi, Richie Sambora e Willie Nelson



domingo, 2 de setembro de 2012

A dor de John Petrucci

John Petrucci passou por um drama no início da década de 90. O guitarrista do Dream Theater sofreu com a luta de seu pai, John Petrucci Sr, contra um câncer. Em 1992, o músico compôs Another Day, uma balada com elementos pop, levada pouco usual para a banda de metal progressivo, que até então não era adepta deste tipo de música. 

Além da novidade musical, foi também o primeiro videoclip dos americanos. Apesar disso, não caiu no mainstream, já que não entrou na programação da MTV. A música integrou o disco Images and Words e teve como convidado especial o saxofonista Jey Backenstein, da banda Spyro Gira.


Após o falecimento do progenitor, em 1996, John compôs outra bela canção. Também uma balada progressiva, chamada Take Away my Pain. Ela faz parte do quarto álbum de estúdio do Dream Theater, Falling Into Infinity. A música faz menção aos últimos dias de John com o pai, citando, inclusive, a morte do ator Gene Kelly ("Look at pour Gene Kelly, I guess he won't be singing in the rain"), que também faleceu naquele ano.


sábado, 1 de setembro de 2012

Can't Stop

O disco Lipservice é um dos mais aclamados pelos fãs de Gotthard. É também considerado um dos melhores álbuns de Hard Rock dos últimos tempos. Lançado em 2005, tem uma tracklist que conta com algumas músicas que caíram no gosto do público e alçou de vez a banda ao posto de número 1 da Suíça, terra natal de todos os integrantes: Steve Lee, Leo Leoni, Hana Habegger, Freddy Scherer e Marc Lynn - atualmente, conta também com Nic Maeder, que substitui Steve Lee, morto em 2010, após um acidente nos Estados Unidos.

O que nem todos sabem é que o disco, além da tracklist convencional, tem também uma bonus track lançada em alguns países e pouco conhecida pelo público: a excelente Can't Stop. Confira no vídeo abaixo.


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Get Born (JET)

O álbum Get Born, dos australianos da JET, é o tema de hoje do blog.


Formada em Melbourne-AUS, em 2001, pelos irmãos Nic (vocal e guitarra base) e Chris Cester (bateria), além de Cameron Muncey (guitarra) e Marc Wilson, a banda JET já tem três álbuns em sua bagagem: Get Born (2003), Shine On (2006) e Shaka Rock (2009). O ótimo álbum de estreia, Get Born, lançado em 2003, teve uma aceitação enorme, especialmente nos Estados Unidos, onde o single “Are You Gonna Be My Girl” atingiu o terceiro lugar nas paradas de sucesso.


Os riffs de guitarra ‘sujos’ e o vocal rasgado de Nic são duas das características marcantes da banda, que tem na tracklist do primeiro cd músicas como "Cold Hard Bitch", "She’s a Genious", "Rollover DJ" e "Take it Or Leave it", que demonstram toda sua energia. Mescladas a isso, incluem-se baladas 'grudentas' como "Look What You’ve Done", o maior hit da banda, e as belas "Move On" e "Timothy".

Se há algum pecado no disco, pode-se citar a repetição de fórmulas, como pode se perceber em "Radio Song", que apesar de ser uma bela música e mais bem trabalhada, tem o seu início parecido com "Look What You’ve Done", com o teclado marcado em dó maior e o mesmo timbre. Já um aspecto positivo da banda, não apenas na turnê do Get Born, são as performances ao vivo, que mantem um alto nível de qualidade. Com destaque para o vocal de Nic, sempre muito fiel ao que apresenta nos CDs da banda.

Curiosidades:


A frase “You made a fool of everyone” e a referência do teclado de Look What You’ve Done foram retiradas da música “Sexie Sadie”, do “White Album”, dos Beatles. A referência dos teclados tem uma explicação plausível: quem gravou a faixa foi o maestro Billy Preston, tecladista da banda de Liverpool no fim da década de 60.

Em uma de suas sempre 'lúcidas' declarações, Liam Gallagher, vocalista do Oasis, disse que a JET era a única banda de rock da atualidade que não envergonhava o próprio Oasis. Coincidência ou não, foram chamados para abrir os shows dos irmãos Gallagher pela Europa. Ainda foram 'opening act' para os Rolling Stones, durante a turnê australiana de Jagger e cia, em 2003.

"Are You Gonna Be My Girl" foi usada em uma das propagandas de maior sucesso da empresa Apple para o iMac e o iPod. Além disso, também aparece nos games Madden 2004 e Guitar Hero.

Em "Move On", os vocais são dividos pelos irmãos Cester, sendo que o vocal principal é de Chris, o baterista.

Tracklist:
1."Last Chance" (1:52)
2."Are You Gonna Be My Girl" (3:34)
3."Rollover DJ" (3:17)
4."Look What You've Done" (3:50)
5."Get What You Need" (4:08)
6."Move On" (4:21)
7."Radio Song" (4:32)
8."Get Me Outta Here" (2:56)
9."Cold Hard Bitch" (4:03)
10."Come Around Again" (4:30)
11."Take It Or Leave It" (2:23)
12."Lazy Gun" (4:42)
13."Timothy" (4:32)
14."Sgt. Major" (4:04) - Faixa Bônus


Look What You've Done


Are You Gonna Be My Girl?



Move On (ao vivo)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Jeff Buckley


Guitarrista e cantor nascido em Anahein-EUA, Jeff Buckley , filho do lendário Tim Buckley, herdou do pai - além de uma voz polivalente – a inconstância na estética musical. No final da década de 60, Tim deixava os produtores de seus discos de cabelo em pé, afinal de contas, não havia uma linha bem definida em sua obra. O progenitor de Jeff passou do folk inspirado em Bob Dylan ao jazz, sem contar as incursões pelo funk e pela pop music, no fim da sua carreira.



Temendo comparações com seu pai, Jeff resolvera que a guitarra era a solução para o problema. Por isso, estudou o instrumento no G.I.T (Guitar Institute of Technology) e integrou algumas bandas posteriormente. Em um show tributo a Tim, porém, Jeff resolveu cantar e chamou atenção de Gary Lucas, então guitarrista da banda Gods and Monsters, projeto do qual Buckley faria parte até saber que estavam prestes a assinar com uma gravadora. Quando houve a assinatura, saiu da banda alegando que aquilo limitaria suas pretensões musicais.


Após sair da banda, Jeff iniciou a gravação do seu primeiro disco solo pela Columbia Records, que o descobriu em um bar de Nova York. “Grace” (1994) foi aclamado pela crítica e por alguns dos músicos mais respeitados do mercado, como Paul McCartney, Bono e Jimmy Page, por exemplo. No disco, todas as suas influências são encontradas, desde o rock até o jazz. Jeff ainda faz uma versão para a linda música de Leonard Cohen, Hallelujah.

Apesar de as vendas não chegarem ao esperado, o músico iniciou a produção do seu segundo cd, que se chamaria “My Sweet Heart the Drunk”. Após gravar todo o disco pressionado pela gravadora para que o resultado fosse algo um pouco mais comercial, Jeff não se sentiu satisfeito e descartou todas as músicas, para então recomeçar o processo de gravação, já que não aceitava a interferência de ninguém em seu processo criativo.

Este processo, porém, seria interrompido em 29 de maio de 1997. Durante uma viagem com o amigo Keith Foti, Jeff resolveu parar para nadar no Rio Mississipi. Segundo Foti, Buckley cantarolava Whole Lotta Love, do Led Zeppelin, quando o silêncio tomou conta. Keith ainda foi até a margem do rio para procurar o amigo, mas não o encontrou. O corpo do músico fora encontrado no dia 4 de junho daquele ano, aos 30 anos de idade. Morte prematura, semelhante à do seu pai, que faleceu aos 28 anos.

Postumamente, foram reunidas músicas gravadas pelo músico durante as últimas sessões no álbum "Sketches For my Sweet Heart the Drunk" e outros dois discos ao vivo. Sua música, ainda hoje, é influência para bandas da nova geração, como o Coldplay e Travis, e mesmo caras experientes, como os do Radiohead.


Confira duas pérolas de Buckley:

Grace




Hallelujah - cover de Leonard Cohen

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Un Día Perfecto"



A dica musical de hoje é a divertida “Un Día Perfecto”, da banda argentina Estelares. A música está no 5º álbum de estúdio dos caras de La PlataSistema Nervioso Central (2006) - e é uma espécie de segundo hino para a torcida do Estudiantes, clube da cidade. O grupo foi fundado no final da década de 1980 e é formado por Manuel Moretti (vocal e guitarra), Victor Bertamoni (guitarra), Pali Silvera (baixo) e Carlos Sánchez (bateria).

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Soda Stereo

Da Argentina vem um dos maiores fenômenos do rock alternativo sul-americano de todos os tempos: Soda Stéreo.


Comandados por um gênio da música iberoamericana, Gustavo Cerati, eles fizeram com que vários brasileiros perdessem completamente o preconceito que tinham com o rock em espanhol. Para quem achava que a língua dos hermanos não se adequadava à estética do estilo musical, eis um exemplo de que nasceram um para o outro.

A banda fundada em 1982, em Buenos Aires, traz - além de Cerati (guitarra e voz) - Hector Bosio (baixo), antigo amigo de Gustavo, e Charly Alberti (bateria), que foi 'descoberto' quando tentava convidar a irmã do vocalista para um encontro. Por telefone, disse ao 'cunhado' que tocava bateria e, na mesma semana, foi convidado a integrar a banda que estava formando.
Eles estiveram em atividade até 1997, quando terminaram a banda por desentendimentos e algumas confusões. Foram 16 discos lançados e quatro DVD's, durante esse período. Após um hiato de 10 anos, voltaram para a turnê Me Verás Volver, em 2007, que reuniu mais de um milhão de espectadores em 21 shows por toda a América Latina. Essas apresentações ainda foram registradas e compiladas em dois CD's e um DVD, com músicas executadas em Buenos Aires-ARG, Lima-PER, Bogotá-COL, Miami-EUA, Santiago-CHI e Cidade do México-MEX.

Em 2009, Gustavo Cerati lançou seu quinto trabalho solo: Fuerza Natural e a banda voltou a sair dos holofotes. Antes, participou da gravação de uma música com Roger Waters, Shakira, Eric Clapton e Pedro Aznar para a fundação ALAS, que cuida do desenvolvimento de programas educacionais para crianças. "The Child can Fly" será mostrada ao mundo durante a turnê sul-americana do ex-integrante do Pink Floyd durante o mês de março.

Cerati, porém, não terá a oportunidade de ver esse trabalho realizado. O cantor sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) durante a turnê do seu último disco e se encontra em coma há quase dois anos. A situação do músico pouco se alterou desde sua internação e não há evolução de seu estado clínico. Recentemente, seu filho Benito falou sobre a dor que é acompanhar o sofrimento do pai e de toda família, e revelou que pretende seguir a carreira do ex-Soda Stéreo.
Fiquem com uma amostra do som dos argentinos:

De Música Ligera - os fãs de Capital Inicial vão achar a melodia familiar, já que deu origem à versão em português feita pelos brasilienses, batizada de À Sua Maneira.



En La Ciudad de La Furia


Angel Eléctrico